ORNAMENTAÇÃO

Com o mesmo carinho que os discípulos prepararam o lugar para a ceia de Jesus, nós preparamos o espaço da celebração em nossa Paróquia.


Parte da Liturgia, a Ornamentação, simples e silente, contribui com a grandeza e beleza do ritual, colaborando para que os fiéis prestem à Divina Majestade, o culto devido.


Nossa Equipe de Ornamentação é preparada liturgicamente para servir, gratuita e generosamente, à celebração, favorecendo a participação de todos na memória da vida, morte e triunfo de Cristo Redentor durante a Santa Missa e, ainda, apoiando o povo para um melhor entendimento da Liturgia e dos ensinamentos nela contidos.


A finalidade não é “enfeitar” a igreja e, por isso, nosso fundamento está pautado nos textos e rubricas do Missal Romano, a saber:


292. (a) “Na ornamentação da igreja deve tender-se mais para a simplicidade do que para a ostentação”.

Afirmam-se aqui três coisas: (1) as igrejas devem ser ornamentadas; (2) essa ornamentação deve tender para a simplicidade; (3) há que fugir sempre da ostentação.


Por quê? Porque o importante não é a ornamentação da igreja, por si mesma, mas a liturgia que aí será celebrada. A ornamentação deve servir de suporte e envolvência à liturgia, e estar ao seu serviço, com simplicidade, e não com exibicionismo.


(b) “Na escolha dos elementos decorativos, procure-se a verdade das coisas”.


Procurar a verdade das coisas é utilizar flores e folhagens naturais, e não artificiais.


Por quê? Porque nos jardins, o que há são flores e folhagens naturais; as artificiais vêm das fábricas, não são verdadeiras e não exprimem a verdade das coisas. Assim, na ornamentação da igreja não se deve usar flores e folhagens artificiais.


(c) “Na escolha desses elementos, procure-se o que contribua para a formação dos fiéis e para a dignidade de todo o lugar sagrado”.


Não se deve ornamentar uma igreja por ornamentar, mas fazê-lo para formar os fiéis. E o que é formar os fiéis através da ornamentação? É ter noções corretas, por meio de formação, sobre liturgia, do ano litúrgico e da pastoral litúrgica e usá-las a serviço da Ornamentação.


305. (a) “Haja moderação na ornamentação do altar”.


A ornamentação em geral do altar, que inclui não apenas as flores, mas tudo o mais: toalha, castiçais, vasos sagrados, microfone, entre outros, precisa de moderação, isto é, não se exagere, pois tudo deve ser discreto e moderado.


(b) “A ornamentação com flores deve ser sempre sóbria e, em vez de as pôr sobre a mesa do altar, disponham-se junto dele”.


Sublinha-se novamente a sobriedade (não utilizar grandes quantidades), e aconselha-se a dispô-las de preferência no chão, diante do altar (com a condição de não serem muito altas). O que está por detrás destas normas são dois princípios: a) as flores são para adornar e não para impedir a visibilidade do que se passa no altar; b) o altar é a mesa da Ceia do Senhor, sobre o qual deveria pôr-se a patena com o pão, o cálice com o vinho e o Missal.


As flores que eventualmente se ponham na mesa do altar devem ser discretas, quanto ao arranjo e tamanho.